segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Novo Quadro: JL AM


O rádio é uma paixão diferente, ouvir um jogo pelo rádio é construir uma fábrica de imaginar em você mesmo, você constroe o lance a partir do que o locutor relata, se torna algo muito legal e prazeroso, que muito ainda admiram e sem dúvida nenhuma nada chega perto dessa sensação. Esse quadro vai trazer vários gols e lances narrados por grandes do rádio brasileiro (também com a presença de narrações internacionais), a narração virá juntamente com o vídeo do lance, para que o mesmo seja relembrado, o post do quadro será realizado todos os domingos, e o mesmo substituirá o antigo "comparação" no nosso blog.

sábado, 27 de agosto de 2011

Time Legendário: Borussia Dortmund 90/00 (O time alemão da década)

O clube entrou numa fase de decadência nas décadas de setenta e oitenta, passando várias temporadas na segunda divisão. Em 1989, ganhou novamente a Copa da Alemanha, o seu primeiro título em 23 anos.

Em 1993 começou a melhor década da história do Borussia, no mesmo ano, chegou à final da Taça UEFA, que perdeu 1-6 no agregado para a Juventus. Apesar deste resultado, o Borussia saiu com uma boa quantia em dinheiro o que lhe permitiu contratar ótimos jogadores para a disputa dos torneios continentais. Dortmund foi capaz de contratar jogadores que mais tarde trouxe uma inúmeras homenagens mais tarde na década de 1990.

Eles ganharam campeonatos Bundesliga em 1995 e 1996 - com Matthias Sammer no elenco, e em '96 sendo nomeado Futebolista Europeu do Ano.
O fantástico time de 97 comemorando o título da UEFA Champions League

Em uma memorável final de UEFA Champions League 1997 em Munique, Dortmund enfrentou uma equipe Juventus com Zinedine Zidane. Karl-Heinz Riedle colocou o Dortmund frente após bom passe de Paul Lambert. Riedle, em seguida, fez o segundo com uma bela cabeçada após cobrança de escanteio. Na segunda metade, Alessandro Del Piero ainda diminuiu para a Juventus, mas o garoto Lars Ricken decretava a vitória do time alemão. Com Zinedine Zidane incapaz de jogar em função da forte marcação de Lambert, o Borussia ergueu o troféu com uma vitória por 3-1.
O Borussia ainda viria conquistar o Mundial no fim daquele ano com uma bela vitória por 2-0 no campeão da Libertadores da América, o Cruzeiro, o que só serviu para consagrar o fantástico time que foi aquele Dortmund.

Segue o vídeo da final do Mundial de Clubes:

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Jogador Legendário Esquecido: Cañizares

José Santiago Cañizares Ruiz (Puertollano, 18 de dezembro de 1969) é um ex-jogador espanhol que atuou como goleiro.

Começou nas categorias de base do Real Madrid, e passou pelas equipes do Elche, Mérida e Celta de Vigo. Cañizares mudou-se para Valencia CF em 1998 para substituir o aposentado Andoni Zubizarreta. Ele ajudou o clube a vencer a Taça de Espanha e uma Supercopa em 1999, também à alcançar bons resultados na UEFA Champions League (2000 e 2001) e ganhando títulos da La Liga em 2002 e 2004, acrescentando que a Taça UEFA e Supertaça CAN 2004. Após a última campanha, ele renovou o seu contrato por mais dois anos.
Ótimo goleiro, que atuou no melhores anos do Valência

Em 16 de maio de 2008, Cañizares concordaram em rescindir seu contrato com o Valencia e deixar o clube. Ele jogou seu último jogo com o lado dois dias depois, contra o Atlético Madrid (3-1), e foi liberado no dia seguinte, pouco depois de se aposentar, em quase 39 anos, tendo aparecido em exatamente 500 jogos do campeonato - durante a exatamente duas décadas.

O que ele  fez pela seleção?

Cañizares serviu por 46 vezes à Espanha, a primeira em 17 de novembro, 1993. Zubizarreta foi expulso no décimo minuto de uma decisão das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994 (Espanha-Dinamarca, 1-0) e Cañizares fez sua estréia de modo espetacular, ajudando a seleção espanhola a se classificar para a Copa do Mundo.

No entanto, ele foi muitas vezes o goleiro de segunda escolha, e só jogou cinco partidas de importância: uma na Copa do Mundo de 1994 (como Zubi suspenso de um jogo), três na UEFA Euro 2000 e um na Copa do Mundo de 2006. Ele também era um membro do elenco da Euro 1996, da Copa do Mundo de 1998 e da Euro 2004 mas não jogou, impedido por Zubizarreta na década de 1990 e Iker Casillas, em 2004. Ele foi igualmente um jogador não utilizado na seleção de ouro vencendo em 1992 nos Jogos Olímpicos de Barcelona.
A ótima forma de Cañizares no Valência garantiu a ele como primeira escolha internacionais na Copa do Mundo de 2002, mas ele ficou de fora do torneio devido a um acidente com uma garrafa de loção pós-barba, o que resultou em um tendão cortado no pé.
 
Títulos:
 
Real Madrid


La Liga: 1994-95 e 1996-97

UEFA Champions League: 1997-98

Supercopa de España: 1997

Valencia

La Liga: 2001-02 e 2003-04

Copa del Rey: 1998-99

Supercopa de España: 1999

UEFA Cup: 2003-04

UEFA Supercup: 2004

Prêmios Individuais:

Troféu Zamora: 1992-93, 2000–01, 2001–02 e 2003–04

Segue um vídeo desse ótimo goleiro:

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Copa Mercosul de 2000: Palmeiras vs. Vasco da Gama

Em dia de Vasco vs. Palmeiras pela Sul-Americana o JL traz o maior jogo entre essas duas entidades. No dia 20 de Abril de 2000 o Palmeiras recebia o Vasco no Parque Antarctica para o segundo jogo da final da Copa Mercosul. Os donos da casa iam assim para campo: Sérgio, Arce, Galeano, Gilmar e Tiago Silva; Fernando, Magrão, Flávio e Taddei; Juninho e Tuta. Técnico: Marco Aurélio. Já o time carioca vinha com: Hélton, Clébson, Odvan, Júnior Baiano e Jorginho Paulista; Nasa, Jorginho, Juninho e Juninho Paulista; Euller e Romário. Técnico: Joel Santana.


Pose para foto do time campeão do Vasco na final de 2000

O Palmeiras começou a partida em um ritmo alucinante. Sem deixar o Vasco passar do meio de campo, o Verdão partiu para o ataque e logo aos dois minutos assustou  Helton: Taddei tabelou com Tuta, recebeu na frente e arriscou de fora da área. A bola levou perigo e saiu à direita do gol vascaíno. Mais três minutos e nova bola perigosa do Palmeiras. Arce cobrou falta na entrada da área e tentou o canto direito do goleiro adversário, mas a bola foi para fora.

A primeira conclusão do Vasco foi de Romário, aos 27 minutos. Até este momento, o Palmeiras já tinha concluído nove vezes e tina conseguido três escanteios. No lance, o Baixinho arriscou de fora da área e Sérgio espalmou para escanteio. O lance deu um ânimo ao Vasco, que acordou no jogo. Aos 32, a melhor chance do time carioca. Juninho tentou o toque para a área, Tiago Silva cortou errado e a bola sobrou para Juninho Paulista, livre, dentro da área. O meia chutou fraco e Sérgio evitou o gol vascaíno.

Dois minutos mais tarde, porém, em um lance infantil de Júnior Baiano, o Palmeiras abriu o placar. Arce cobrou escanteio pela direita e o zagueiro colocou a mão na bola. Pênalti. Depois de muita confusão, Arce cobrou forte, no meio do gol, e abriu o placar da decisão, aos 36 minutos.
O Vasco mal deu a saída de bola, a torcida palmeirense mal começava a comemorar e o Verdão chegou ao seu segundo gol. Após o recomeço do jogo, Magrão roubou a bola de Juninho, partiu para o ataque e tocou para Tuta. O atacante chutou, Helton espalmou e Magrão, aniversariante do dia, aproveitou o rebote e cabeceou para as redes. Palmeiras 2 a 0, dois gols em um minuto.

O segundo gol desestruturou o time do Vasco, que se perdeu em campo. E o Palmeiras aproveitou para marcar o terceiro no fim do primeiro tempo. Juninho arranca pela esquerda e toca para Tuta, na entrada da área. O atacante dominou e chutou rasteiro, colocado, no canto direito de Helton, que não se mexeu. Nem o palmeirense mais otimista esperava que seu time terminasse o primeiro tempo com uma vantagem de três gols.

No intervalo, o estreante técnico do Vasco, Joel Santana, tirou Nasa para colocar Viola. E a equipe carioca partiu para cima do Palmeiras. Mas deixava espaços para o time paulista contra-atacar.

A pressão vascaína, que não aconteceu no primeiro tempo, deu resultado aos 14 minutos do segundo tempo. Juninho Paulista faz boa jogada, entra na área e cai. Márcio Rezende de Freitas marca pênalti de Fernando no meia do Vasco. Romário cobrou forte no canto direito e marcou seu décimo gol na Copa Mercosul.

Aos 22 minutos, Juninho Paulista faz boa jogada, entra na área e é derrubado por Gilmar. Novo pênalti, nova cobrança de Romário. O Baixinho bate forte, no mesmo canto da primeira cobrança, e Sérgio cai para esquerda. Segundo gol do Vasco, segundo de Romário na partida.

Após o segundo gol do Vasco, o jogo ficou eletrizante. A torcida do Palmeiras, colorindo as arquibancadas do Parque Antarctica com faixas verdes, brancas e vermelhas e cantando, empurrava o time. O Vasco, embalado pelo gol, partia para cima. Mas, aos 34, outro lance infantil de Júnior Baiano. Contra-ataque do Palmeiras, Flávio chega primeiro na bola e o zagueiro, atrasado, derruba o meia palmeirense. Mário Rezende de Freitas não teve dúvida: cartão vermelho para Júnior Baiano.

Mas se o Palmeiras pensava que fosse ter moleza em campo com um jogador a mais, se enganou. Aos 40 minutos, Romário toca para a área, Viola não aproveita e Juninho Paulista toca para o gol. A bola passa por baixo de Sérgio e entra. O empate vascaíno calou o Parque Antarctica.

Imediatamente após o gol, Joel Santana tirou Euller e colocou Mauro Galvão. Com um jogador a menos, a idéia era se fechar na defesa. Defesa? No último minuto, o último ataque do Vasco. Viola desceu pela esquerda, driblou dois adversários e tocou para Juninho Paulista. O meia chutou, a bola desviou na zaga e sobrou para Romário. Com o gol vazio, o artilheiro da Mercosul só teve o trabalho de tocar para as redes e comemorar o título. O Palmeiras ainda tentou em uma cabeçada de Basílio, mas não tinha jeito. A sina de vice-campeão acabou. O Vasco é campeão da Copa Mercosul.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Time Legendário: Arsenal 03/04 (Campeão Invicto)

Nas ruas de Londres, jogadores e torcedores celebram o título de 2003-04
Levando em consideração a dificuldade da Premier League, que é considerada por muitos a liga mais difícil do mundo, o Arsenal veio a ganhar o título sem perder uma partida sequer. Foi na temporada 2003-04, e os torcedores do Arsenal deliraram no último jogo da liga, e logo após o apito final, mais de 350 mil torcedores saíram às ruas de Londres para celebrar o título da equipe que estava fazendo história. Tal equipe que consagrou jogadores como Patrick Vieira, Sol Campbell, Gilberto Silva, Fredrik Ljungberg, Robert Pirès, Edu, Dennis Bergkamp e Thierry Henry. Foi uma celebração gigantesca que chamou a atenção de quase toda imprensa mundial. O time terminou a temporada invicto por 49 jogos, entre a Premier League e as demais competições europeias e nacionais. Até hoje, nenhum time inglês conseguiu tal feito. O Arsenal só veio a perder para o Manchester United na temporada seguinte, quebrando a invencibilidade histórica do time.

Assista os gols da temporada 03/04 do Arsenal

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Jogador Legendário Esquecido: Rui Costa

Rui Manuel César Costa (Amadora, Lisboa, 29 de Março de 1972) é o atual diretor desportivo do Sport Lisboa e Benfica, tendo sido um jogador português que jogava como meio campo. Retirou-se em 2008.

O craque portugues em atuacao pelo Milan
Aos cinco anos de idade entrou para a equipa de infantis do Damaia Ginásio Clube. Quatro anos depois, com 9 anos de idade, tentou a sua sorte nos treinos de captação do Sport Lisboa e Benfica. Passados dez minutos de treino Eusébio, que estava a observar os futuros craques, ficou impressionado com as habilidades do jovem jogador. Durante oito anos aprimorou a qualidade e o estilo nas camadas jovens do Sport Lisboa e Benfica até 1990, onde esteve emprestado um ano ao Fafe. Regressou ao Benfica onde venceu uma Taça de Portugal 92/93 e um Campeonato de Portugal 93/94. A Fiorentina interessou-se e desembolsou 1,2 milhões de contos (cerca de 6 milhões de euros). A transferência serviu como um balão de oxigénio para as finanças do clube que na altura vivia grandes problemas financeiros.

Rui Costa jogou sete temporadas na Fiorentina onde venceu duas Taças de Itália e uma Supertaça. Apesar das dificuldades, conseguiu ser eleito algumas épocas o melhor nº10, tirando o lugar a jogadores de grande gabarito como Zidane, jogador da Juventus. Foi colega de Batistuta na Fiorentina e quando se falava da possível saída do argentino para outro clube este afirmou:" Para onde eu for o meu par vai comigo". Muitas foram as vezes em que se falou da sua saída, mas Rui Costa manteve-se até a entrada em falência do clube de Florença.

Concretizou-se depois então a transferência para o AC Milan, de novo sobre nova quantia milionária, cerca de 35 milhões de euros. Rui Costa jogou cinco temporadas no AC Milan onde no total conquistou 1 Taça de Itália, 1 Liga dos Campeões, 1 Supertaça de Itália, 1 Campeonato e 1 Supertaça Europeia.

Em 2004 fez o seu último jogo pela selecção portuguesa, na final do Euro 2004, em Portugal, no Estádio da Luz frente à selecção da Grécia, onde os Helenos levaram a melhor. De salientar ainda que Rui Costa se sagrou campeão do mundo em 1991 na categoria de sub-21, vencendo na final o Brasil no desempate por pontapés da marca de grande penalidade. A final foi realizada no antigo Estádio da Luz e Rui Costa marcou o penalty vitorioso.

No dia 25 de Maio de 2006 foi apresentado como novo jogador do Sport Lisboa e Benfica. A transferência, desta vez, foi a custo zero e só foi possível porque Rui Costa e AC Milan rescindiram o acordo que os ligava por mais uma época. Rui Costa abdicou, com a vinda para o SL Benfica, de cerca de 700 mil euros ano.

Após o seu regresso, e depois de muitas lesões, a sua necessidade na equipa foi colocada em causa pelo milionário português Joe Berardo, sendo este último o autor de uma Oferta Pública de Aquisição sobre a SAD do Sport Lisboa e Benfica. Num jornal, o milionário insultou Rui Costa, dizendo também que ele já nada ajudava o Benfica como jogador. Joe Berardo acabou por se arrepender das suas declarações ja que o "maestro" acabou por mostrar em campo que era um caso raro de inteligencia, tecnica e habilidade e que as suas qualidades eram uma mais valia para o Benfica.

Foi principe em Florença e rei em Milão, Rui Costa terminou a sua carreira futebolística na temporada de 2007/2008 no Sport Lisboa e Benfica, participando no jogo contra o Vitória de Setúbal, no qual foi substituido aos 86 minutos para receber uma enorme ovação do público.

Em 14 de Maio de 2008 Rui Costa foi apresentado como diretor desportivo do Sport Lisboa e Benfica, deixando para trás uma carreira respeitável e iniciando um novo ciclo no clube.

TITULOS
Benfica:

Taça de Portugal: 1992/93

Campeonato português: 1993/1994

Fiorentina:

Copa da Itália: 1995/96 e 2000/2001

Supercopa da Itália: 1996

Milan:

Campeonato Italiano: 2003/2004

Copa da Itália: 2002/2003

Supercopa da Itália: 2004

Liga dos Campeões da UEFA: 2002/2003

Supertaça Europeia: 2003

Selecção Portuguesa:

Campeonato Mundial de Futebol Sub-20: 1991

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Campeonato Brasileiro Série B 2005: Naútico vs. Grêmio

Jogadores reclamando da marcação do pênalti com o juiz
No dia 26 de Novembro de 2005, Grêmio enfrentaria o Naútico pelo acesso para a Primeira Divisão. Um jogo memorável. Algo nunca visto até hoje. Uma partida que tinha tudo para ser mais uma decisão comum se transformou em um dos maiores trunfos de uma equipe de futebol dentro de campo.

60 minutos do segundo tempo. Após 25 minutos de confusão, onde jogadores do Grêmio indignados com a arbitragem foram agredidos pela Polícia Militar, uma equipe que não podia perder tem 4 atletas expulsos e um pênalti marcado contra si.

O que parecia impossível acontece. Galatto defende o pênalti, e na sequência, mesmo com 7 jogadores em campo, Anderson marca um gol para o Grêmio e dá o título para o tricolor de Porto Alegre.

A multidão gremista apaixonada, com os olhos cheios de lágrimas, nunca irá esquecer este dia. O dia que o Brasil viu do que o Grêmio é capaz. Pouca vezes um jogo foi tão emocionante e contagiante quanto este.

Segue um player da narração do jogo por uma rádio gaúcha:


Aqui segue um vídeo do confronto:

domingo, 7 de agosto de 2011

Porque os times africanos são tão fortes nas competições de base?

Não é de hoje que é comum ver países africanos sendo campeões de competições de bases, sua presença é bastante comum, e sempre os seus jogadores se destacam nesse tipo de competições. Mas porque os times do continente africano se destacam tanto nesses torneio, e como se não bastar-se porque eles não mantém o mesmo nível nas seleções principais?

Dominic Adiyiah atuando por Gana Sub-20
Principalmente nos mundiais Sub-17 os times africanos são muito superiores, além de terem um físico muito mais desenvolvido, o que permite aos seus jogadores uma maior resistência no decorrer do jogo e da competição, além de um vantagem no jogo corpo a corpo que junto a qualidade técnica completa um ótimo profissional, os jogadores ainda podem ser colocados nos chamados "gatos", ou seja eles possuem idades maior que o permitido, não por tentativa de burlar as regras, mas pela simples razão que no local onde nasceram não possuia nenhum cartório ou coisa do tipo, o que leva as pessoas desistirem e só depois registrarem seus filhos, muitas vezes com a idade errada, é uma realidade dos países do continente africano, esses "gatos" favorecem novamente o físico de forma citada anteriormente.

As seleções de base africana também, permite um maior entrosamento entre os seus integrantes, por não possuírem muitas opções, esse entrosamento melhora a qualidade da equipe e a qualifica para disputar com os fortes europeus e latinos.

Coulibaly, atacante da Costa do Marfim Sub-17
O maior exemplo dessa superioridade física é sem dúvida nenhuma a Nigéria Sub-17, que juntamente com o Brasil são os maiores vencedores, com três títulos cada um, sendo que a Nigéria possui também três vices. No Mundial da Coréia (2007), os nigerianos eliminaram grandes como: Argentina, Alemanha e Espanha na final.

No Sub-20 o número de títulos não é tão grande, mas mesmo assim é louvável. Gana em 2009 venceu na final o Brasil de Neymar e Ganso, a própria Nigéria foi por duas vezes vice-campeã.

Percebemos que por vezes essa grandiosa superioridade na base se reflete na principal, o maior exemplo disso são as próprias seleções africanas, a quantidade de "flops" que a base apresenta é muito grande, por isso devemos pensar uma ou duas vezes para falar bem ou mal de um jogador de base.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Jogador Legendário Esquecido: Pavel Nedvěd

Pavel Nedvěd (Cheb, 30 de agosto de 1972), é um ex-futebolista tcheco. Se destacou por causa de sua técnica, raça e muita movimentação em campo durante as partidas.

Pavel começou sua carreira no Dukla Praga aos 21 anos, ficou um ano no clube e logo foi para o Sparta Praga onde conseguiu destaque ganhando o Campeonato Tchecoslovaco de 1992-93, o Campeonato Tcheco de 1993-94 e 1994-95, e a Copa da República Tcheca de 1996 e também ficou conhecido na europa quando participou da UEFA Euro 1996, onde os tchecos perderam para a Alemanha na final do campeonato europeu. Mas o desempenho de Nedvěd não iria passar despercebido. Apesar de ter um acordo verbal com o PSV do Países Baixos, Pavel Nedvěd decidiu acertar sua transferência do Sparta Praga para Lazio da Itália em 1996.

Pela Lazio
Na Lazio, Nedvěd consquistou com a equipe a Copa da Itália 1997-98 e 1999-00, a Série A em 1999-00, a última Recopa Europeia da história realizada na temporada 1998-99, a final foi realizada contra o Real Mallorca, onde Nedvěd marcou o último gol do torneio na vitória de 2-1 da Lazio. Ele também ficou conhecido por ter levado três chapéus seguidos de Cafu no "derby" de Roma.

Pavel Nedvěd acertou sua trasnferência para a maior equipe da italia, a Juventus em 2001 onde ele conquistou a bola de ouro. Por uma quantia de €41 milhões,como um substituto de Zinédine Zidane, que tinha se transferido para o Real Madrid da Espanha no mesmo verão. Nedvěd provou que podia ser um dos melhores meio-campistas sendo capaz de fazer o mesmo papel de Zidane.
 
Nedvěd estava disponível na final da Liga dos Campeões 2002-03, mas ele foi forçado a ficar de fora da final devido à acumulação de cartões amarelos, a Juventus perderia o jogo contra o Milan na disputa de pênaltis. No final do ano, Nedvěd ganhou a Ballon d'Or pela revista France Football, o prêmio individual mais respeitado na europa. No mesmo ano ele perdera o prêmio de Melhor Jogador do Ano da FIFA inexplicavelmente para Zidane, inclusive ele não ficara nem entre os três, uma das maiores injustiças do futebol recente.
Pavel em atuação pela "Juve"
Após a temporada 2005-06 a Juventus caiu para a Serie B após o escândalo do Calciopoli,e então o futuro de Pavel Nedvěd, Alessandro Del Piero, Buffon, Trézéguet entre outros craques era posto em dúvida. Nedvěd, Alessandro Del Piero, Buffon, Trézéguet encerraram os rumores e ficaram no clube de Turim. No entanto, durante a temporada, foi um pouco tumultuada para o tcheco. Com apenas um ano de contrato assinado, ele disse que poderia se aposentar do futebol completamente no final da temporada. Ele repetiu esta ameaça após uma proibição de 5 jogos decorrentes de um cartão vermelho em 1 de dezembro. Nedvěd ficou, e a Juventus ganhou o título da Serie B e conseguiu voltar para Serie A.

Durante a temporada de 2007-08, Nedvěd jogou com frequência para os "bianconeri", dando contribuições jogando na meia-esquerda. No entanto, ele não foi isento de controvérsias. Nedvěd teve o destaque negativo de lesionar o jogador da Internazionale ,o meio-campista Luís Figo, que resultou em uma cirurgia na perna do jogador português. Nedvěd fazia uma boa temporada pela Juventus, mas só marcou duas vezes. Durante a disputa da Serie A ,Nedvěd teve uma pequena lesão, deixando-o de fora por cerca de um mês. Ele foi especulado em um clube japonês, o Júbilo Iwata, durante a janela de transferência do verão da temporada 2008-09, mas os rumores foram rapidamente esquecidos quando Pavel assinou uma extensão de contrato de um ano que expirarou em junho de 2009.
Nedvěd marcou o primeiro gol na Serie A 2008-09 em um empate de 1-1 contra a Fiorentina. Ele também marcou por duas vezes contra o Bologna na vitória de 2-1 da Juventus. Em 26 de fevereiro de 2009, Nedvěd anunciou que ele seria aposentar no final da temporada de 2008–09.

No último jogo da carreira disputado em Turim contra a Lazio, Nedvěd teve atuação mais do que regular, dando assistência para o segundo gol de Del Piero, finalizando muito ao gol e acertando inclusive a trave e dando muito trabalho ao goleiro adversário.
Pavel Nedvěd foi ovacionado pela torcida "bianconeri" ao ser substituído perto do final da partida, a torcida inclusive levou uma faixa escrito "Grazie Pavel".

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

As 10 maiores rivalidades do futebol - Parte 2

Depois da primeira parte da lista, estaremos trazendo a segunda parte.


5. Schalke 04 vs. Borussia Dortmund

O futebol serviu para unir os povos alemães em meio às constantes guerras pelas quais o país passou ao longo da história. Mas nem tudo eram flores no mundo esportivo, e uma disputa interna começou. O Borussia Dortmund foi fundado por católicos em uma região da Alemanha de maioria protestante. No início, o clube ficou fadado à sombra de seu principal rival, o Schalke 04, de Gelsenkirchen (a cerca de 40 quilômetros de Dortmund). Eles não são os principais campeões do país, mas, por ficarem na região com maior número de habitantes, ostentam as torcidas mais numerosas – que não podem sequer mencionar o nome da cidade do time adversário, denominada como “cidade proibida”.


4. Boca Juniors vs. River Plate
 
Costuma-se dizer que um clássico entre os argentinos Boca Juniors e River Plate começa uma semana antes da data do jogo, e termina apenas uma semana depois. Tudo isso devido à tamanha mobilização – e provocação – dos torcedores. A maior rivalidade sul-americana em campo é ainda mais acirrada pelo contraste econômico. A imponente La Bombonera fica no bairro pobre de La Boca, em Buenos Aires. No mesmo local, foi erguido o primeiro estádio do River Plate, que depois se mudou para uma área mais nobre da capital argentina, próximo ao Rio da Prata, onde permanece até hoje.
 
 
3. Galatasaray vs. Fenerbahçe
 
Com mais de 100 anos de história, Galatasaray e Fenerbahçe fazem o maior clássico da Turquia e um dos mais tensos do mundo. A posição geográfica de Istambul serve como aperitivo até para um simples amistoso. O Galatasaray fica do lado europeu da cidade, reservada à aristocracia, enquanto a sede do Fenerbahçe está no lado asiático, onde ficavam os “plebeus”. O time da parte europeia sempre se orgulhou de ser o maior. Contudo, grandes investimentos atualmente estão inflando também o lado asiático.


2. Lazio vs. Roma

Em 2004, o clássico entre Roma e Lazio chegou a ser suspenso por causa de uma ameaça de morte aos jogadores que participariam da partida. A política é a maior causa da rivalidade entre as principais equipes da capital italiana. Na década de 20, os times romanos se juntaram para formar um único time, que se chamaria Roma. Anos depois, o ditador Benito Mussolini revelou ser torcedor da Lazio, que não havia se unificado aos outros clubes. Além do apoio do ditador, o time ganhou a torcida dos nacionalistas, e o proletariado socialista acabou adotando a Roma.


1. Celtic vs. Rangers

Realizado há mais de 120 anos, a Escócia tem um dos maiores clássicos do futebol mundial – e o mais violento. O confronto entre Celtic e Rangers é conhecido como “The Old Firm” (A Velha Firma, na tradução literal para o português). A polêmica fica por conta da religião, que sempre entrou em campo com os jogadores. O Celtic foi fundado por um padre católico Irlandês, em 1887, e o Rangers representa a elite protestante do país. No início, nenhum dos times aceitava jogadores de religiões diferentes – cenário que acabou sendo alterado devido à entrada de patrocinadores nas equipes. A briga de um jogo em 1931 terminou com a morte de um jogador.

Alguns números:

Além dos fatores sociais, religiosos e políticos que fazem do Old Firm um confronto tão singular, nenhum outro clássico é disputado por duas equipes tão vitoriosas e hegemônicas em nível nacional. Celtic e Rangers ostentam juntos simplesmente 159 títulos do Campeonato Escocês e da Copa da Escócia, e a supremacia absoluta de ambos no campeonato nacional já se estende por 24 anos.

Considerando o clássico em si, o Rangers tem 152 vitórias contra 138 do Celtic, além do maior artilheiro da história do duelo, o ídolo Robert Hamilton, autor de 35 gols. Os clubes também registram o recorde britânico de público em uma partida de campeonato nacional, com 118.567 torcedores presentes no estádio do Rangers no dia 2 de janeiro de 1939. Em 1969, os clubes reuniram 132.870 pessoas na decisão da Copa da Escócia.

Atualmente:

Embora tenha levado mais tempo do que Stein imaginava, o clássico de Glasgow sem dúvida ficou mais ameno nos últimos anos. Em 2008 foi possível até testemunhar uma inédita e comovente demonstração de união. Walter Smith e Ally McCoist, respectivamente técnico e assistente técnico do Rangers, ajudaram a carregar o caixão de Tommy Burns, ídolo do Celtic e da seleção escocesa e amigo pessoal de ambos.

Mesmo que os ânimos estejam mais calmos, poucos jogos de futebol são capazes de igualar a paixão e a emoção que serão vistas no Celtic Park quando os velhos rivais se enfrentarem no próximo domingo. Como já era de se esperar, o interesse é alto neste que será o 382° clássico de Glasgow. Mas o fato de valer a liderança do Campeonato Escocês o torna ainda mais interessante. O Celtic busca o quarto título consecutivo e tem apenas dois pontos de vantagem sobre o Rangers. A vitória do alviverde sem dúvida representará um passo enorme rumo ao título. Mesmo assim, se os 121 anos de Old Firm ensinam alguma coisa, devemos esperar o inesperado.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Campeonato Espanhol 05/06: Real Madrid vs Barcelona

O dia 19/11/05 poderia ser mais um dia qualquer, mais um sábado qualquer, caso não houvesse um Real Madrid vs Barcelona, naquela noite Madrid aplaudiu de pé a atuação do melhor jogador do mundo na época, Ronaldinho Gaúcho.

O clima do jogo era meio que festivo para os madrilistas, pois Ronaldo estava voltando a atuar no gramado desde uma contusão no tornozelo que o tinha tirado por mais de um mês dos gramados. O técnico do Real na época, Vanderlei Luxemburgo estava pressionado a vencer, pois havia prometido o título a torcida no início da temporada.
Ronaldinho em atuação naquele jogo legendário

Melhor na partida desde o início o Barça dominava as ações, Ronaldinho estava muito bem na partida, o que ocasionou um belo lançamento não aproveitado por Samuel Eto'o. Entretanto aos 15min de partida o camaronês não disperdiçou a chance logo depois de uma bela jogada do argentino Messi (Na época um mero coadjuvante), ele completou na canto esquerdo de Casillias.

Messi, destaque do time catalão no Espanhol, demonstrou não se importar com a pressão e foi um dos melhores em campo em seu primeiro clássico frente ao Real Madrid, no estádio Santiago Bernabeu. Ao contrário do "hermano", Robinho mais uma vez não foi bem. O ex-santista saiu de campo com um cartão amarelo e poucas chances no ataque.

Após o gol do time visitante, a partida se tornara apática. Com Ronaldo e Robinho longe de suas melhores atuações, nenhum dos dois clubes criou criava chances de gol.

No segundo tempo, o Real Madrid voltou a campo sem nenhuma modificação. O time comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo se manteve apático e continuou sendo facilmente dominado pela equipe catalã. Aos 11min, Messi recebeu na direita, invadiu a área, mas chutou em cima do goleiro madrileno, em mais uma chance perdida.

O domínio do Barcelona se transformou em gol novamente aos 14min, em jogada de Ronaldinho, que dominou a bola no meio-campo, passou por dois defensores do Real, que havia acabado de perder Raul, contundido, e tocou sem chances para o goleiro madrileno: 2 a 0.

Depois do gol, Luxemburgo tentou dar mais qualidade ofensiva à sua equipe com a entrada do também brasileiro Júlio Baptista. A entrada do jogador da seleção comandada na época por Carlos Alberto Parreira não resolveu os problemas de seu time, que ainda viu Ronaldinho marcar mais um.

Aos 32min, o meia partiu para cima do zagueiro Sergio Ramos e tocou na saída do goleiro Casillas. O gol que decretou a vitória catalã foi o quarto em quatro partidas do ex-gremista contra o rival da capital espanhola.

Veja os gols desse jogo nesse fantástico vídeo:

terça-feira, 2 de agosto de 2011

As 10 maiores rivalidades do futebol - Parte 1

Rivalidade e futebol sempre existiram juntos. E não poderia ser de outra forma, quando o assunto é a paixão por determinado clube e a vontade de vencer. Mas, em alguns casos, a disputa ultrapassa as linhas do gramado e torna-se perigosa. Nessa lista vamos mostrar as 10 maiores rivalidades do futebol, que vai desde a simples vontade de vencer até disputas religiosas.

10. Milan vs. Inter de Milão

No início, existia apenas o Milan. Até que a diretoria começou a discordar em diversos pontos e se dividiu. Aqueles que queriam abrir espaço para a entrada de jogadores estrangeiros decidiram criar outro clube: a Inter de Milão. A principal meta do novo time passou a ser, então, montar uma equipe competitiva para derrotar aquele que viria a ser seu maior rival na Itália. Inter ganhou o estigma de “time dos ricos”, enquanto o Milan ficou conhecido como o “clube dos pobres”.


9. Estrela Vermelha vs. Partizan Belgrado

No ano passado, o brasileiro Cléo, que já jogou pelo Atlético-PR e agora atua no futebol sérvio, trocou o Estrela Vermelha pelo rival Partizan. Foi o primeiro jogador a arriscar tal feito nos últimos 20 anos. O resultado? Recebeu ameaças de morte e teve de mudar a rotina de sua família. Esse é apenas um dos muitos fatos que ilustram a grande rivalidade do maior clássico da Sérvia. Ambos os times foram fundados em meados em 1945, no pós-guerra. Estrela Vermelha começou com um grupo de universitários que eram combatentes e defensores da velha união. Já o Partizan nasceu e se desenvolveu como o clube do exército.


8. Olympiakos vs. Panathinaikos

O futebol grego tem três grandes times: AEK, Olympiakos e Panathinaikos. Mas a maior rivalidade do país fica reservada aos dois últimos. O Panathinaikos é o time da capital, Atenas. Criado por banqueiros e comerciantes ingleses, acabou definido como o time da elite. Bem perto dali, na cidade de Pireu, o Olympiakos acabou abraçando os operários.


7. Peñarol vs. Nacional

Nacional e Peñarol brigam para definir qual time foi fundado primeiro – mesmo sabendo que o Albion é o mais antigo do Uruguai. A diretoria do Peñarol diz que o clube já existia antes da fundação do seu maior rival, mas com outro nome: CURCC (Central Uruguayan Railway Cricket Club). O Nacional, por sua vez, garante que se tratam de dois times distintos e, portanto, foi ele o primeiro a ser criado. Considerado um dos maiores clássicos da América do Sul, os dois clubes somam oito títulos em Libertadores e quatro Mundiais. Em 2000, um jogo chegou a ser encerrado após briga generalizada em que nove jogadores foram presos.


6. Barcelona vs. Real Madrid

O embate entre Barcelona e Real Madrid é, principalmente, geográfico. Representantes de Catalunha e Castela, respectivamente, os times viram a rivalidade aumentar na época da ditadura espanhola. Aos poucos, a língua catalã virou símbolo daqueles que eram contra a ditadura e que apoiavam o Barcelona. De lado oposto, o Real Madrid era o time ligado aos poderosos do governo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

10 Lições para entender o Barça

Por: Sérgio Xavier Filho
Retirado da Revista Placar de Julho de 2011


1- QUANDO COMEÇOU ESSE TIME?.

Em 1988, momento em que a equipe era saco de pancadas.

Johan Cruijff, ex-ídolo do clube, assumiu o time com carta branca. E resolveu ressuscitar a Holanda total de 1974 dentro de um clube. O conceito básico era posse de bola. Todos marcam, todos atacam e grandes jogadores não podem atrapalhar o conjunto da equipe. A escola barcelonesa nasceu assim. A primeira geração teve Laudrup e Stoichkov. Depois vieram Romário e o próprio Guardiola. O título da Copa dos Campeões de 1992 foi a confirmação de que o caminho era esse. E para sempre. De lá pra cá, treinadores tentam manter esse espírito. Nem todos conseguiram.
 
2- GUARDIOLA É ESSE GÊNIO TODO?
 
 
Quando foi convocado para assumir o Barça já estava em queda.

O convite, feito pelo dirigente Juan Laporta, era um risco total. Guardiola nunca tinha dirigido um time profissional, mas tinha a biografia a seu favor. Catalão, nasceu no Camp Nou, conhecia os tufos do gramado. E era topetudo. Antes de aceitar, provocou: "No tenrdás cojones de ponerme". O Barcelona teve...

3- O BARCELONA TINHA LARANJAS PODRES?

Sim, pelo menos umas quatro de bom tamanho.
 
Ibrahimovic, Eto'o, Ronaldinho Gaúcho e Deco travavam o time. Guardiola nunca questionou o futebol do sueco Ibrahimovic. No primeiro jejum de gols, soltava nas internas um "ninguém passa pra mim". Isso pegava mal. Um desse que não soltavam a bola era Messi... O problema do camaronês era de mesma natureza: Samuel "Ego'o". O atacante fazia os gols, mas queria brilhar sozinho. Não deixava Messi crescer. Entre um e outro, Guardiola optou pelo argentino.
 
4- O TIME ERA BALADEIRO?

Não exatamente.
 
Barcelona é uma cidade noturna e muitos jogadores aproveitavam essas oportunidades todas. Dois passaram do ponto. Ronaldinho Gaúcho e Deco começaram a influenciar o mais jovens também, incluindo aí o argentino Messi. Guardiola percebeu que era preciso tomar uma providência. Em um treino, Ronaldinho e Deco chegaram após uma balada vigorosa. Se queixaram de dores musculares, foram fazer massagem. Ficou famosa no grupo de jogadores a história de Ronaldinho dormindo na maca. O Barcelona cortou o mal pela raíz e ejetou a dupla brasileira.
 
5- QUEM É A CARA DO BARÇA?

Guardiola, Xavi, Puyol e Iniesta.

O treinador Guardiola tem 40 anos, é jovem como seus comandados. Puyol é p líder emocional. Xavi é o técnico dentro de campo (e fora também). Inesta fala pouco e fala bem. Eles são torcedores do clube. Fanáticos. Isso faz toda a diferença. O quarteto não tem apenas os interesses pessoais e profissionais, se preocupa com o futuro do clube nos próximos quatro ou cinco anos. Além disso, são ídolos que não se distanciam da sua Barcelona. Todos seguem frequentando seus lugares, vários deles muito simples. Esses catalães conquistaram o mundo duas vezes em menos de um ano. Primeiro com o uniforme oficial da Espanha, e agora com a camisa azul-grená da verdadeira seleção nacional da Catalunha.
 
6- AINDA HÁ PEIXES FORA D'ÁGUA NO GRUPO?

Sim, o artilheiro David Villa, que chegou em 2010, segue tentando entender o Barcelona.
 

Segundo Xavi, ele agora está "aprendendo a jogar futebol". Não entendeu a diferença entre atuar no Valência e no Barcelona. No primeiro, eram dez jogadores brigando pela bola e tocando-a para Villa correr atrás. Difícil de jogar, fácil de entender. No Barça, o contrário. É duro de entender a mecânica do time, mas fácil de jogar, porque a bola chega limpa. A dificuldade é a ocupação de espaços e os deslocamentos. O atacante não pode ficar à frente da linha da bola quando a posse é do adversário. Isso sobrecarrega o meio-campo. No Barça, a ideia não é correr 40 metros de vez em quando, mas correr 10 metros sempre, fechando espaços. Trabalho de formiguinha.
 
7- MESSI É ÍDOLO DOS SEUS COMPANHEIROS?

Não era.

Os jogadores admiravam a habilidade do argentino formado nas canteras do Barcelona, mas questionavam sua eficiência para o time. Isso mudou. O fundamental é que Messi "entendeu" o jogo. Quando percebe que errou em suas primeiras três arrancadas, toca de lado até recuperar a confiança mais tarde. No segundo jogo da semifinal da Liga dos Campeões, o Real vinha botando o Barça na roda no primeiro tempo. Em duas oportunidades, Messi perdeu a bola e não deu combate. Na terceira, como se estivesse falando com um estagiário, Xavi deu um berro com o argentino: "Vamos começar a cercar?" A bronca surtiu efeito.
 
8- MESSI É UM FOMINHA?
 
De certa forma, sim.


O argentino fala pouco, quase nada. Na verdade, ele tem dois interlocutores: Milito e Mascherano. Não que os compatriotas coadjuvantes procurem a estrela. É o contrário. Messi é que vai atrás dos dois. O craque é viciado em futebol. Guardiola não consegue poupá-lo. Sacar Messi do time significa tirar o brinquedo da criança, ele desconcentra. Nessas partidas vadias do fim do Campeonato Espanhol, quando tudo o que interessava era a Liga dos Campeões, Messi entrava jogando com a combinação de sair no início do segundo tempo. Guardiola o chamava. Messi dizia: "Estou bem mister, só mais um pouquinho". O técnico deixava. Apenas em dois jogos do Espanhol é que os médicos exigiram sua saída. "Certeza que ele vai estourar". Logo após o fim da Copa do Mundo, o time estava todo de folga. E a equipe reserva tomou de 3x1 do Sevilla na primeira final da Supercopa da Espanha. Messi, Iniesta e Xavi imploraram para jogar a segunda partida. Barça 4x0 e campeão.

9- ATÉ QUE PONTO CONSCIÊNCIA TÁTICA GANHA TROFÉU?

O Barcelona não é diferente só pelo talento.

A semifinal da Champions começou com um Real inflado pela conquista da Copa do Rei. Guardiola não queria deixar o adversário crescer. A chave era segurar Daniel Alves. O combinado é que ele não passasse do meio-campo no início. "Dani, pelo amor de Deus, não vai", dizia Iniesta no jogo. Deu certo. Como Mourinho tinha encarregado Di María de grudar em Daniel, o argentino ficou à frente da linha da bola e deixou o meio despovoado. Ali o Barça mandou na partida.
 
10- NÃO BATEU UM MEDO DE REPETIR 2010 E PERDER DE NOVO UMA LIGA DOS CAMPEÕES COM O MELHOR TIME?
 
Se bateu, todos disfarçaram muito bem.
 
A preleção de Guardiola em Londres foi quase sonolenta. Não havia muito mais a dizer. "Não se esqueçam de como vocês chegaram até aqui. Não mudem nada. É o nosso jogo, toquem a bola". Todos prestaram atenção, menos um, que olhava para o lado. O massagista, Juanjo Brau, que conhece Messi desde o tempo das divisões de base, tranquilizou os jogadores do Barça que se preocuparam com o desligamento do argentino. "Relaxem, ele está ligadíssimo". Juanjo se preocupou quando Cristiano Ronaldo virou o artilheiro na reta final do campeonato com quatro gols em dois jogos. E perguntou a Messi se aquilo o incomodava. O argentino respondeu: "O que vale mais? Quatro gols desses ou um em Londres?" Para todos, um sinal de maturidade do argentino.
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